
As Olimpíadas estão aí. Como podemos imaginar, poucas pessoas têm a capacitação genética para participar dos jogos. Dessas que participarão, poucas terão chances reais de se tornarem campeãs. Não é mesmo?
Estamos falando de um universo extremamente pequeno. Ser um atleta olímpico de ponta exige uma série de pré requisitos, sendo eles: genética adequada, alimentação, condições ideais de treinamento, apoio psicológico, apoio financeiro, foco, determinação, etc.
Então, lanço a pergunta: será que somente estes atletas, que alcançam o topo, são verdadeiros campeões? Definitivamente, eu não vejo dessa forma.
Outro dia, aqui no blog, falei sobre as paraolimpíadas, lideradas por atletas com necessidades especiais que superam obstáculos e ultrapassam seus limites físicos. É impressionante como conseguem, com tantas limitações, alcançar resultados surpreendentes.
Então, quer dizer que um nadador com grau de deficiência máxima que completa uma prova de 50 mts nado livre, em mais de 120 segundos, não é um campeão porque o melhor tempo entre quem não tem nenhum tipo de limitação está na casa dos 21 segundos? Ou seja, 6 vezes mais rápido? Não, não aceito esse conceito.
Campeãs para mim são todas as pessoas que, dentro das suas possibilidades e limitações, buscam fazer o melhor.
No decorrer da minha vida vi exemplos fabulosos, nas mais diversas atividades, inclusive no esporte. E todos nós podemos ser e nos sentir campeões!
Faça o melhor, tenha disciplina, trace metas possíveis e cada vez mais se desafie. O resultado será fantástico e você será um campeão de verdade!
Para quem? O importante é que seja para você mesmo! O que realmente importa é nos sentirmos bem, buscarmos o melhor para nós e para os outros também. E assim, com o peito cheio poderemos dizer: EU SOU UM CAMPEÃO!!!