Adriana Miranda

Qualidade de vida pode ser determinante na saúde da mulher

Parece meio óbvio dizer que nós mulheres (e o homens também, claro) devemos cuidar da nossa saúde. Todo mundo sabe disso. Acontece que, antes de chegar à melhor idade, poucas pessoas se preocupam com a sua qualidade de vida, simplesmente porque se sentem dispostos e pensam: “nada vai acontecer comigo”.  Hoje, meu ginecologista Dr. José Bento vem falar sobre o assunto.

Temas como TPM, climatério (popularmente chamado de “menopausa”) e cânceres como o de mama e o de colo de útero estão constantemente em pauta no universo feminino. Pudera, pois desequilíbrios físicos e emocionais causados pelos sintomas destas fases ocasionam desconfortos generalizados, deixando a mulher numa condição muito aquém de suas possibilidades de produzir, relacionar-se e sentir-se feliz.

Nada substitui as consultas periódicas ao ginecologista e muito menos os exames anuais, tais como papanicolau, mamografia e ultrassonografias. Entretanto, o estilo de vida de cada mulher, seus hábitos alimentares e físicos e também a qualidade de seus relacionamentos, incluindo emoções, sentimentos e alegria de viver influenciam imperativamente em sua saúde.

Qualidade de vida e saúde têm entre si relação muito mais direta do que a maioria das pessoas imagina.

A dieta balanceada ao longo do mês, por exemplo, influencia no bem-estar geral da mulher, inclusive na fase mais crítica, que são os dias que antecedem a menstruação. Nesta fase, as mulheres também apresentam deficiência de alguns nutrientes. A simples reposição desses componentes na alimentação já pode ser suficiente para fazer desaparecer todos os sintomas da TPM.

Evitar alimentos que contenham cafeína ou estimulantes, comidas muito condimentadas e salgadas, além do excesso de doce são algumas medidas benéficas. Aumentar a ingestão de leite e derivados, verduras e frutas, magnésio, vitamina B e E também ajuda muito.

Acima de tudo, lance mão dos benefícios oferecidos pela prática de exercícios físicos regulares e evite o baixo astral. Saia de casa, divirta-se e, quando você menos esperar, a TPM terá ido embora.

E quando chega-se aos 50 anos, essas recomendações são ainda mais importantes, e sempre acompanhada de uma reposição de hormônios que afinal, a mulher para de produzir, causando danos incomensuráveis à sua saúde.

Dr. José Bento é ginecologista e obstetra. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Mogi das Cruzes em 1981, fez residência médica no Hospital das Clínicas. Participa do Programa Bem Estar na Rede Globo.